domingo, 4 de junho de 2017

Infância pensada em IF

Parece irreal, mas desde os meus 5 anos eu me lembro de pensar em dinheiro. Lembro quando meus pais me davam alguns poucos trocados e eu colocava na carteira já pensando em guardar e acumular dinheiro. Mesmo sem saber o valor real daquilo, eu imaginava que ele tinha uma importância muito grande.

Quanto mais eu crescia, mais eu sentia o valor do dinheiro: aquela boneca era "cara", aquele brinquedo era o "olho da cara" e assim por diante. Comecei a pensar muito antes de pedir qualquer coisa, porque eu via o sacrifício que se tinha para obter o dinheiro: o trabalho.

Quando eu cheguei na adolescência, me lembro de descobrir como fazia as contas com %. E foi aí que fui descobrir que, naquela época, a poupança rendia 1% ao mês (bons tempos!). Tendo uma ligeira facilidade com matemática, não demorei para fazer alguns rabiscos no caderno e chegar ao número "mágico", número esse que me daria a liberdade de escolher a profissão que eu queria (estando no 1º colegial, já era época de pensar na carreira que queríamos seguir e isso me aterrorizava). Esse número era o UM MILHÃO. Caramba! Para ter o resto da vida 10.000 reais, bastava juntar 1 milhão de reais! E eu fui atrás desse número.

Na época eu não tinha qualquer renda, mas pensava eu estar em um momento decisivo de vida, afinal, era com a escolha da profissão que eu poderia juntar meu milhão e ser "feliz para sempre!". Fui então pensando nas opções: medicina (eu demoraria para me formar e só ganharia dinheiro depois de "velha"), direito (não gostava), matemática (na época não dava dinheiro) e administração (essa sim parecia ser uma profissão que "dava dinheiro" e que não precisava ter nenhum "dom" especial para faze-la. Pois bem, administração!

É lógico que quando pensei em cursar faculdade, pensei em não gastar nem 1 real para isso. Só prestei faculdade pública. E acabei passando em uma delas após 1 ano de cursinho.
E por que estou contando tudo isso? Acho que vale a pena relembrar o porquê desse interesse pela independência financeira. Todas as escolhas na minha vida foi pensando nela: profissão, carreira, pequenas experiências como free lancer, viagens "low cost", intercâmbios com bolsa ou/e para trabalhar e as horas extras (não-pagas) que hoje faço.

Ao ler tudo isso, parece que é "óbvio" que o caminho que persegui até aqui me levará para a independência financeira, certo? Não. São longos anos de pensamento em economizar, reduzir custos, sair ou nao, etc. Sou feliz assim? Sou! e Muito! Pode não parecer, mas ver os montantes crescendo no banco são muito satisfatórios. Muito melhor que qualquer balada e jantares.
No próximo post, continuo com a minha trajetória rumo à Independência Financeira (ainda) não conquistada! Boa semana!

Um comentário:

  1. Muito legal Administração está bem relacionada com gestão de custos e investimentos.


    Abraço

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Obrigada por tornar esse espaço um lugar fértil para troca de idéias! =)