E aí pessoal, tudo tranquilo? Na paz?
Final de semana passado viajei e foi ÓTIMO. Foram 3 dias (com o feriado) de relaxamento e esvaziamento de cabeça. o que contribui muito para o meu equilíbrio mental. Toquei esta semana difícil (pelas mudanças na empresa que estou) de forma tranquila e segura. Com certeza se eu não tivesse "parado" e relaxado um pouco, estaria muito tensa nesta semana o que desfavoreceria nas interações com as pessoas novas que eu tive que ter. Pensem nisso.
Ações nesta semana andaram meio de lado no fim das contas, com uma leve queda (meu portfólio). Continuo uns 10k negativa em RV (em relação ao que eu investi) e se olharmos desde meados de Abril que foi quando meu portfólio na RV estava "completo", já tive muito positiva e já tive extremamente negativa (fundo do poço foi 16k). Então, vamos ver cenas das próximas semanas.
Indo agora ao tema que um dos anôns me perguntou em alguns posts: vale a pena ter conta em segmento de alta renda? Estamos falando de Itaú Personalitté, Santander Select, Bradesco Prime e por aí vai.
Antes de dizer um "sim" ou "não", vou contar um pouco da minha história nesse assunto. Eu sempre tive conta em um determinado banco. Desde muito nova. Logicamente era nele que eu ia guardando minhas economias quando criança, adolescente e por aí vai. Essas economias foram ficando maiores, até eu chegar a ter isenção do pacote do banco (TED e afins) no segmento mais simples. Isso eu ainda era bastante jovem.
Conforme comecei a trabalhar e acumular um patrimônio maior e salário maior, a gerente do banco me ofereceu para ir para esses segmentos premium. Eu sempre fui bastante "pé atrás" com essas coisas e recusei. Ela insistiu e me prometeu que eu jamais seria taxada, mesmo se minhas economias baixassem. Pedi para ela formalizar isso por email e ela o fez. Fui então para o segmento premium imagino que há uns 7 ou 6 anos atrás.
Há uns 3 anos atrás, o banco me ligou falando que a quantidade de investimentos que eu tinha não era suficiente para manter meu pacote de isenção, mas apenas 50% dele. Aí começou uma verdadeira batalha com o email que eu tinha formalizado da minha ex-gerente e a nova política do banco que tinha aumentado de 100 mil reais para 150 mil reais mínimos investidos para eu poder ter isenção.
Aí vocês me dirão: mas há 3 anos atrás você devia ter mais de 150k, porque não transferiu para o banco? Bom, como vocês sabem, a maioria dos meus investimentos está em RF e não possui nenhuma liquidez, ou seja, eu realmente precisava juntar 50 mil reais no bancão para conseguir isenção de taxas.
Quando digo isenção de taxas, estou falando de muita delas: manutenção de conta, TED e DOC, cartão de crédito (2). Facilmente daria uns 200 reais por mês (considerando só 2 cartões de crédito) ou até mais em gastos com o banco, no ano, estamos falando de uma passagem para os EUA ou Europa em taxas de banco.
Após a batalha com o banco, o email foi reconhecido, mas não foi totalmente aceito pela mudança de política deles - fiquem espertos com isso. Me deram 6 meses a mais de isenção, mas a partir do 7º mês eu passaria a ser cobrada. É complicado quando você tem todos os cartões de crédito da sua família com um determinado banco e de repente ele quer passar a te cobrar.
Sem pensar 2 vezes, eu saí economizando tudo o que eu podia para poder juntar os 50k na época em 6 meses. E consegui, graças inclusive a uns vencimentos de outros investimentos de RF. Investi o dinheiro todo em um fundo que na época, conforme o tempo ia passando, aumenta o % de remuneração. Ele começava como 80% do CDI (sério, olha isso), indo para 87% depois de 6 meses, 93% depois de 1 e meio, até chegar finalmente em 100% do CDI após 3 anos.
Meu dinheiro ainda está lá, já atingi esses 100% do CDI e o vencimento desse investimento é de 5 anos. Em 2020 ele vence e aí vou repensar o que farei, mesmo porque esse investimento nem existe mais e os que existem hoje começam com uns 70% do CDI (absurdo total).
Hoje, a minha vida está toda organizada para seguir nesse banco. Estou falando de cartões de crédito e benefícios do banco em geral. Não acho nada deles fundamental, os cartões finalmente estão me dando boas milhas e devo usá-las no ano que vem. No próximo ano também vou ter que começar a me planejar para "sair" dessa isenção.
Já fiz algumas contas e o que eu "perco" com um investimento que rende muito menos do que os demais, daria para eu pegar esse dinheiro (que convenhamos, não é pouco) e investir em coisas mais interessantes, pagando as taxas do banco e até pagando as anuidades dos cartões de crédito, me sobrando com folga uma boa grana para reinvestir.
O que vou decidir no próximo ano é se em 2020 me mantenho apenas em um banco digital (como Inter por exemplo, que meu deu até cartão black - esse sim uso até as salas vip do aeroporto) e fico contente sabendo que não pago nem 1 centavo para bancos, ou se eu me mantenho no segmento premium desse banco, mesmo sem investimentos e então pago todas as taxas devidas.
O que pesa a favor de um ou de outro:
- Milhas: nunca usei, mas devo usar no próximo ano. Os bancos menores não tem programa de milha, logo, todos os gastos do cartão são apenas gastos (nunca foi um problema para mim, vamos ver se vou conseguir usar as milhas mesmo).
- Descontos em shows: às vezes rola aquele belo desconto.
- Previdência Privada: hoje tenho uma previdência do meu empregador que é depositada nesse mesmo banco (coincidência apenas). Aos poucos esse valor vai crescer até quem sabe, um dia, somar os 150k necessários hoje para isenção. Lógico que isso irá demorar um bom tempo, mas eu poderia ir diminuindo meus investimentos no bancão conforme o saldo da previdência aumenta.
- Desapego: honestamente, hoje não consigo ver nenhum outro motivo além de milhas para estar no bancão em segmento premium. Não uso banco físico praticamente, não vou em agência, quase não uso os benefícios e nunca usei milhas. Acho que às vezes é preciso mudar para ver que não é um bicho de sete cabeças não se manter no bancão.
Conclusão principal pra mim é:não, não vale a pena ter conta em segmento premium. Se isso exigir um esforço enorme seu, perda de dinheiro (deixar uma grana nele para ter isenção de taxa, sendo que você poderia ter rendimentos muito maiores - como eu, burra, fiz há quase 4 anos atrás) e outros sacrifícios, os benefícios PARA MIM não compensam.
Sempre tem a possibilidade de você usar alguma renda de investimentos para pagar as taxas, mas hoje para mim, não vejo essa possibilidade como ganhadora.
Vocês enxergam grandes outras vantagens ou desvantagens? Vamos discutir?
Abs,
IFM