domingo, 10 de dezembro de 2017

Mediocridade: porque isto pode te afastar da IF!

"Por que você está aqui até tarde? Vai embora, você não ganha hora extra!"

"Você trabalhou no feriado no exterior e não vai tirar esses dias? Você só pode ser louca, tem que exigir esses dias sim!!!"

"Por que você continua acumulando mais trabalho? Você não está ganhando nem 1 centavo a mais por isso!"

"Eu se fosse você cruzaria os braços e faria o mínimo necessário para se manter na sua posição, você já está com um valor bom de salário"

"Você não conta com o FGTS + multa? Pois deveria, eu se fosse você ficaria tranquila e não me preocuparia mais com trabalhar bem"

"E daí que você teve a nota de performance mediana? É o suficiente para você se manter empregada, não é? Você não relaxa..."

Essas são algumas frases que ouvi recentemente, neste ano pelo menos, no meu trabalho. Às vezes quando estamos no pico do stress, dá até vontade de ouvi-las e achar que elas fazem sentido, mas de verdade, para mim não faz.

Sempre fui uma pessoa que me dediquei muito, em tudo que faço. Se não for para ser assim, nem entro na "parada". Ultimamente, como vocês sabem, as coisas vão de mal a pior no trabalho e é aí que essas frases começam a tomar conta do ambiente.

Não sei se todos conhecem a definição da palavra mediocridade, mas a pessoa que é medíocre, se limita a ficar na linha tênue do que é o mínimo aceitável. Faz o mínimo. Nem um pouco além. Quantas pessoas desse tipo você conhece à sua volta?

As pessoas medíocres acham que não vale a pena ir além do mínimo. Ou elas não estão sendo remuneradas o suficientemente por isso, ou elas não estão sendo recompensadas de alguma forma por isso. É daí que vem a palavra medíocre.

Desde muito jovem eu comecei a encontrar essas pessoas (na escola, por exemplo) e me afastar delas por pura aversão a esse tipo de pensamento. Um clássico que eu ouvia naquela época: "por que você persegue a nota 10, se 5 é suficiente para passar de ano?" #quemnunca

Fui crescendo e observando que esse tipo de comportamento é muito comum na nossa sociedade e, agora quase chegando aos 30 anos, consigo olhar em facebooks, linkedins da vida e ver de fato que caminho cada uma dessas pessoas percorreu e o que alcançou.

Longe de mim julgar, mas vejo que meus colegas não-medíocres chegaram mais longe. São esses que me inspiram no dia-a-dia. Eles me mostram todos os dias que a mediocridade não vale a pena. Afinal, você acha que trabalhando mais de 8hs/dia você está sendo explorado sem ganhar hora-extra certo? E todo o conhecimento que você está absorvendo? Aprendizados que você vai usar para a vida? Isso ninguém te fala. Isso você tem que perceber. E só você. 

Durante toda a minha vida eu só colhi coisas boas em ir além. Passei em uma universidade pública, tive oportunidades de viver no exterior mais de 1 vez, tive bons empregos que me pagavam de forma justa e conheci pessoas incríveis. Isso não foi por acaso. Eu fui além e continuo indo além em cada coisa que me envolvo.

Muitas das situações que mencionei acima e até outras, eu só tive a oportunidade de entrar em contato porque fui muito além. Não foi pouco não. "Perder" finais de semana, feriados, horas de lazer, tudo isso faz parte de ir além. E não coloquei aspas na palavra perder à toa. Considero que não perdi. Eu ganhei muito e continuo colhendo frutos de tudo que plantei nesse caminho.

Então eu convido você meu amigo da finansfera, a não ser medíocre. A ir além. A olhar além do dia de hoje. Você vai ter que fazer horas-extras e não será remunerado por isso. Mas você já parou para pensar que elas vão te ensinar algo e talvez você terá uma oportunidade de um trabalho diferente que hoje você nem vislumbre? Pare para pensar.

Não estou falando para todos pararem de ter momentos de lazer e não ter qualidade de vida. Estou falando para dizer "não" a mediocridade e olhar um pouco além do hoje. Olhe para o seu passado e veja o que te proporcionou momentos de evolução e desenvolvimento. Veja as pessoas à sua volta que são bem-sucedidas e repare se elas se limitam a ser medíocres.

Eu poderia estar falando de algum FII específico hoje no blog. Mas preferi falar de algo maior. Se hoje nós conseguimos aportar valores altos mensalmente em nossos ativos de escolha, é porque lá atrás a gente não foi medíocre e apostou ir além, para podermos ter um salário maior, oportunidades melhores e bônus mais pompudos.

Para você que ainda não consegue aportar da forma como gostaria, pense que seu aporte do ano que vem, depende da sua não-mediocridade de hoje.

Aproveitem o resto de domingo pessoal!

Abs!
IFM


23 comentários:

  1. Cheguei num ponto em que para meu patrao ofereço a mediocridade, suficiente para no dia 30 pingar lá um dinheirinho que vai me ajudar a chegar na IF, projeto para o qual ofereço excelencia. Excelencia para quem merece. Como nunca quis ir pra cargo de gerencia, cheguei no meu teto. Vc pode querer um cargo de gerencia, para ganhar mais, e talvez sendo dedicada vc consiga. Infelizmente nem todas empresas promovem os melhores. Sucesso nas suas escolhas !

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    1. Oi vagabundo, entendo não querer chegar no cargo de gerencia, são escolhas pessoais.
      Sobre seu chefe, vc tem a possibilidade de mudar de emprego e fazer acontecer em outro lugar...
      Abs!!

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  2. Isso é muito bonito na teoria, mas na prática sabemos que não é bem assim. Não vou ficar enumerando exemplos pois ficaria até amanhã fazendo isso. "Ir além" na maioria das oportunidades não traz o retorno esperado.

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    1. Oi Anon, respeito sua opinião, mas não concordo.
      De qualquer forma, são escolhas que fazemos ba vida!
      Abs!

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  3. Você tem razão na maioria das coisas que escreveu, mas como a anon acima citou isso muitas vezes não garante sucesso.

    O que sempre ví, foram que pessoas que se prestavam a fazer as coisas, muitas vezes eram "usadas" pelos outros que não queriam ter trabalho.
    Desde a escola e assim, tem alunos que não querem saber de nada, aí fazem trabalhos e outras atividades com os mais responsáveis que por sua vez faziam quase sempre a maior parte das coisas.

    A pessoa deve ser seletiva até em onde deve gastar sua energia, se focar, se empenhar, tem coisas que não valem a pena e temos que ter a sabedoria de reconhecer isso.
    No trabalho procuro fazer bem as coisas, mas pra mim isso é mais uma questão de responsabilidade do que de ir além em algo.

    Acho que devemos ser profissionais, procurar fazer bem feito o que temos que fazer, no fim das contas nossa função é esse, quem passa muito disso muitas vezes o faz apenas por vaidade.

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    1. Oi Anon,
      Eu não usaria a palavra vaidade. Concordo com alguns pontos que você escreveu, mas de verdade, nem sempre vemos de forma rápida e racional o impacto de irmos além.
      Muitas vezes eu já tive recompensas mais demoradas e vindas até de outra forma que não a que imaginei.
      De qualquer forma, é nisso que acredito e para mim sempre deu certo...imagino que pode haver pessoas que não tenham coletado 100% de sucesso ou pelo menos não perceberam a ligação das coisas...
      Abs!

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  4. Concordo com esta postura e o resultado esperado geralmente ocorre caso você não dependa de fatores terceiros.

    Direcionando para o mercado de trabalho, concordo com os anons acima, você precisa ser profissional.

    Já tive superiores na hierarquia que diziam que hora extra e trabalhos fora do horário eram sinais de incompetência.

    Bom cada caso é um caso, depende da essência do trabalho e de com quem você trabalha.

    Por isso cada dia sonho mais com a IF e poder trabalhar com algo e com pessoas que goste.

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    1. Tenho o mesmo sonho anon! E queria muito conhecer esses superiores que dizem que hora extra é incompetência, quero um assim! hahaha

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  5. Concordo 100% que a mediocridade é um dos piores males para quem quer construir algo.

    O que devemos SEMPRE prestar atenção é: você está indo além pelo seu objetivo ou pelo objetivo dos outros? Devemos questionar isso constantemente para não cairmos no erro de sermos usados.

    O que irá te trazer de benefício ficar até mais tarde sem receber hora extra? Não tirar dias de folga que são seus por direito? Se matar por uma excelente avaliação de performance? Todas essas atitudes devem ser tomadas pensando em benefícios no médio/longo prazo, seja uma promoção, um aumento salarial, um fortalecimento no networking, etc. Sempre devemos ter em mente quais são nossos objetivos e sempre nos reavaliarmos para não sermos usados por correr atrás deles.

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    1. Tens razão enriquecendo, o que faz a diferença é se você está focando nos SEUS objetivos. É isso aí!

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  6. Trabalho no serviço público e convivo com pessoas medíocres o tempo inteiro. A máquina pública tem este mal, principalmente nos dinossauros. Parece uma doença contagiosa.

    O pior de tudo é que recebo o mesmo salário trabalhando com excelência, enquanto o fulaninho do lado, que vive enrolando, recebe a mesma coisa.

    É complicado...

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    1. É aportador, acho que no seu caso tem muito a ver com o seu senso de responsabilidade...o meu também é alto. Mas confesso que se eu tivesse no serviço público minha dedicação ia ser menor por saber da estabilidade que eu teria...
      Abs!

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  7. Com todo respeito IFM, mas seus amigos estão certos.

    Caridade a gente faz pra quem realmente precisa, quem precisa de um agasalho no inverno, ou não tem condições de ter uma refeição por dia.

    Fazer caridade pra empresa (hora extra de graça) não vale a pena, já que a empresa lucra muito em cima do nosso trabalho e o reconhecimento vem sempre por politicagem (aqueles que puxam saco de chefe).

    Não há nada de errado em se esforçar e querer fazer o melhor, mas o justo são essas horas serem pagas/compensadas.

    Cuidado pra não entrar na matrix da IF, que é, trabalhar muito, nunca aproveitar, e o montante acumulado nunca será o suficiente pra se aposentar, já que o sentido da vida de um workaholic é trabalhar.

    Sempre prego uma vida com equilíbrio entre trabalho/lazer, gastos/poupança, mas o importante é cada um fazer o que o faz feliz.

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    1. Oi Thiago,
      Vejo que o tema foi um pouco polêmico e vi diversas opiniões diferentes aqui. Imagino pelo seu texto que você está se referindo aos primeiros anons que comentaram.
      Caridade não é bem o que falei. O que disse foi muito mais a ver com focar nos seus objetivos e ir além buscando como você pode obter mais do que ajudar alguém.
      Tenho meus objetivos bens traçados e chegando aos 5M (vai demorar um pouco se eu não entrar nos bitcois...haha), direi chega para a corrida de ratos! ;)
      Abs!

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  8. Seus pontos são bastante importantes e concordo que sem esforço e sacrifício não se atinge a excelência em nenhuma área da vida.

    Mas há de se separar as situações e avaliar cada uma. Afinal, o esforço tem de valer a pena. Até mesmo na excelência não existe altruísmo. Se faz com esmero porque se espera um retorno à altura.

    Por exemplo: eu assumi uma tarefa e decidir fazer da melhor forma possível. Para tanto, decidi fazer umas horas extras pra garantir que tudo será entregue da melhor forma. Essa é a melhor forma de demonstrar esforço e capricho.

    Agora, imagine a situação onde você está desempenhando uma tarefa que foi mal planejada por um terceiro, o que te fez ter de fazer um monte de hora extra "de graça". Vale a pena isso? A maioria das vezes em que eu vi essa situação, ela não se reverteu em nenhum benefício concreto ou subjetivo aos envolvidos. No fim das contas ainda levaram xingão por ter feito hora extra.

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    1. Nossa Investidor, aí nesse caso a pessoa precisa pensar bem antes de iniciar o trabalho! rs
      Obrigada por seu comentário!
      Abs!

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  9. Para enriquecer devemos vencer a mediocridade e sempre tentar fazer algo bom!

    Abraço e bons investimentos

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  10. Este post me lembrou da biografia de Elon Musk, CEO da Tesla, Solar City e SpaceX, que buscava a perfeição a qualquer custo, tanto dele quanto de seus empregados.

    Desde a escola/faculdade convivemos com pessoas com esses valores. Me lembro que muitos na faculdade diziam: "60 é 100" (média da faculdade em 60 pontos).

    Porém, quando escuto esse tipo de coisa, na verdade, fico feliz. Sempre penso: "Menos um concorrente nessa corrida financeira" :)

    Parabéns pelo Blog, ótimos posts.

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  11. Farmacêutico Investidor13 de dezembro de 2017 às 19:57

    Olá IFM,
    A mentalidade do brasileiro médio no mundo corporativo prega a mediocridade e este também é um aspecto inerente ao custo Brasil. Concordo com seu ponto de vista quando afirma que devemos extrair algum aprendizado diante dos nossos esforços - a remuneração não pode ser vista como nossa única recompensa. Apenas tome certo cuidado ao vocalizar tal opinião, pois a cultura da mediocridade tende a puxar todos para baixo e aqueles que se sobressaem em algo, não raro são vistos como "excêntricos" ou "risco político" e isso pode impactar de alguma forma a carreira da pessoa.

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  12. IFM, Quem está lhe parabenizando pelo excelente texto é alguém que no último fim de semana começou a trabalhar as 23:00 para realizar uma migração de banco de dados de uma empresa e que vai trabalhar no réveillon em um outro estado longe de casa para fazer outra migração de sistema...

    São ossos do ofício, mas que vejo sempre como uma semente plantada em busca de uma colheita melhor.

    Pode parecer um pouco "ahhh vc é louco, workaholic, escravo do capitalismo" (escuto isso sempre principalmente de pessoas bem próximas)

    Mas é algo que escolhi e pra mim e que me deixa realizado quando faço meu trabalho... e sem contar os frutos que já consegui colher em várias situações da minha vida.

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  13. Oi! :)

    Pode me passar um email seu? Sou leitor do blog e queria trocar uma idéia contigo!

    bjs

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  14. Seu comentário é pertinente. Devemos sempre querer algo mais no trabalho, na vida. Mas, tudo depende de contexto. No fundo, cada pessoa vai avaliar se o esforço a mais compensa em determinado momento... Pra carreira talvez faça, r na vida? E se você preferir gastar "as horas extras" fazendo outra atividade que lhe compense mais? Atividades físicas, estar com a família. No fim, devemos sempre tentar ser melhor, mas o melhor pode ser diferente para cada pessoa. Não adianta generalizar.

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