Setembro, não gostei.

 E aí pessoal, tudo bem?

Passei umas semanas sem escrever, sem inspiração. Além de a bolsa brasileira dando aquele velho ar da graça dos sustos, tive mais um susto no trabalho também. Uma velha "cilada bino" das boas e pela qual não esperava. 

Bom, sobre a bolsa brasileira, zero surpresas no fim né? Estou com a maioria dos meus ativos no negativo novamente, apenas alguns bons papeis no azul e que estão segurando ainda uma rentabilidade positiva. Definitivamente na próxima alta da bolsa brasileira quero tirar tudo de lá. Não quero mais esse país do futuro não...mas para isso, preciso esperar. 

Parte boa é que pra quem curte renda fixa, a alta da Selic só favorece a nós que queremos ter o velho e bom rendimento seguro, por mais que ele não seja sensacional. E quanto mais patrimônio temos, menos a inflação nos afeta e mais o bolo de dinheiro da RF vai se tornando significativo e importante para nos manter. 

Agora falando no trabalho: vocês sabem que sempre me dediquei muito e trabalhei com afinco. Até por isso que meu grande sonho é sair da corrida dos ratos e atingir a IF para não ficar a mercê desse meu comprometimento excepcional. Pois bem, esta semana recebi a notícia de uma reestruturação que me colocaria para uma outra área para, em resumo, seguir resolvendo problemas e buchas. Sim senhoras e senhores, depois de ter construido um trabalho muito bem feito e estar no que chamamos de uma "quase" área de conforto, querem me mover para uma área onde só há problemas, porque, afinal, eu resolvo todos eles. 

Estou reflexiva, pensando o que faço. Já manifestei minha vontade de ir para uma outra área, cuja vida será mais tranquila, mas obviamente já me falaram que isso será "difícil", porque estou "em outro patamar". Comédia, para não falar ridículo. 

Enquanto não recebo uma resposta definitiva e sigo reforçando a minha vontade, vou focar em itens que preciso resolver da minha vida pessoal e, como boa trabalhadora, deixei de lado nesses últimos anos/meses. Enquanto isso, sigo recebendo meus valores de aportes que vão se tornando cada vez mais importantes neste cenário incerto. 

É meus amigos, para reviravoltas na vida, basta estar vivo. Ainda bem que sempre fui consciente com gastos, tenho um belo patrimônio e posso me dar ao luxo de falar alguns "nãos". A IF ou FIRE é mais do que a nossa liberdade para não trabalhar. Ela significa a nossa liberdade de tomar outros rumos, de falar esses "não", a nossa auto-confiança. Nada vale mais do que nós. E enquanto estamos nos rebaixando à decisão de outros, não somos nós, somos o que fazem de nós. 

A cada mês rumo à IF, vejo que não é o modo FIRE que nos fará livres. A cada mês estamos um pouco mais livres. A cada aporte estamos um pouco mais tranquilos. Mais seguros. Mais donos de nós. Hoje posso dizer mais não do que na semana passada, porque estou mais rica a independente que na semana passada. Isso meus amigos, não tem preço.

Seja você essa pessoa também.

Abs,

IFM