E aí pessoal, tudo bem?
Enquanto amargo grandes prejuízos na RV (Smiles chegando a quase 50% de desvalorização) e penso nas lições que tenho a aprender (e como meu patrimônio poderia estar bem mais alto se eu tivesse com esse dinheiro na RF...rs), aproveito para ler o meu SEGUNDO livro do ano.
Antes tarde do que nunca, mais uma vez. E esse livro me surpreendeu. Não esperava muito dele, achava que eu ia me deparar com frases do tipo: não encane, a vida é muito curta para se preocupar e coisas assim. A verdade é que ele é bem interessante e sai um pouco da caixinha.
Demorei exatos 3 dias para lê-lo. Poderia até ter sido menos. Fato é que ele é um livro muito fácil de ler, parece que você está tendo uma conversa com o autor, do qual eu virei fã. Gosto de livros descontraídos assim, a leitura fica leve e parece que você saiu de um grande Happy Hour com amigos. Recomendo.
Vou trazer algumas das mensagens principais do livro aqui, portanto, os parágrafos abaixo contém spoilers!
Uma das principais mensagens do autor é: não fuja dos seus sentimentos, sensações e adversidades da vida. Elas acontecem justamente para te fazerem aprender, sobreviver e evoluir. Enfrentar essas situações faz com que tenhamos coragem e perseverança. E aí que está a grande chave do livro: a gente acha que felicidade é ausencia de adversidade. Mas isso não existe. O que existe são adversidades pequenas e são essas que torcemos para ter, mas não existirá um momento (nem na IF) em que só teremos soluções. "Tudo que vale a pena na vida só é obtido ao superar o sentimento negativo associado a ele".
Os livros de auto-ajuda normalmente recomendam o contrário: não pense nos problemas, visualize momentos de felicidade, ignore sentimentos ruins. Não é isso que o autor propõe. A idéia aqui é justamente enfrentar a vida de peito aberto, estando pronto para tirar o melhor de cada fase.
Ligar o f*da-se para ele então não significa ser invulnerável, mas se sentir confortável com a vulnerabilidade. E isso não é fácil. Precisamos de um foco muito grande aqui para poder aprender isso e evoluir.
Outro ponto que é dito pelo livro é que você precisa escolher com o que vai se importar. Se importar com tudo não é saudável e com o nada também não. O que é importante para você? É com isso que você vai se importar, o resto, bem, o resto f*da-se.
Nós não gostamos de problemas. Mas eles existem e sempre vão existir. O que temos é que torcer e nos desenvolver para termos problemas cada vez menores. Pensando um pouco na minha vida, ficar desempregada quando eu tinha 100k na conta era um cenário terrível. Hoje, continua sendo algo que me preocupa, mas com 1,05kk na conta não é igual ao que eu sentia no início da caminhada da IF. No futuro, alguns dos problemas que terei serão: como investir meu dinheiro de forma a minimizar o risco de perdê-lo? Limite dos 250k do FGC + 1kk por CPF está aí. Como fazer? Com certeza um problema muito menor do que o de juntar 1kk.
Alguns dos pontos que o autor revela que nos atrapalham são: negação e vitimização. São duas coisas me incomodam muito nas pessoas com as quais eu convivo. Negar problemas e fingir ter uma vida 100% feliz não vai te fazer mais feliz. Se vitimizar culpando sempre alguém ou alguma coisa pelos seus problemas é pedir para ter uma vida completamente triste (convivo bem de perto com uma pessoa assim no trabalho, é terrível).
Outra frase que me marca no livro: "sentimentos são apenas sinais biológicos criados para empurrar as pessoas na direção de mudanças positivas". Nunca tinha parado para pensar nisso, e isso é genial! "Qual dor você está disposto a suportar? O caminho da felicidade é cheio de obstáculos e humilhações". Pensemos, nós no caminho da IF nos sujeitamos a coisas no trabalho e na vida pessoal que muitas pessoas não podem nem imaginar. E qual será o resultado disso? Uma vida mais plena e com procupações menores no futuro, enquanto as outras pessoas lutam até o resto da vida trabalhando de forma morna. "Você é definido pelas batalhas que está disposto a lutar". E é por isso que formamos esta grande comunidade da finansfera aqui.
Adversidade e fracasso fazem adultos mais fortes. Aqui nem preciso explicar, não? Quantos de nós viemos de origem bastante humildes, enfrentamos o diabo para nos diferenciar da massa e estamos aqui muito mais próximos do que um dia já tivemos na IF? Somos fortes, amigos.
"No final das contas, tudo que pensamos e sentimos sobre uma situação se resume ao valor que damos a ela". Aqui falamos de propósito amigos. Porque economizar para nós é muito mais fácil do que para uma pessoa que nem conhece o significado da IF? Simplesmente porque nós temos o propósito de chegar lá.
O livro traz uma parte bem importante sobre os valores. Os valores é que nos dizem o que é importante para nós, como vamos reagir em determinadas situações e porque iremos nos importar com algumas coisas. Se queremos mudar nossos sentimentos e reações, precisamos mudar nossos valores. O autor nos encoraja a ter valores realistas e controláveis.
Outra parte do livro fala sobre escolhas. E aqui é a grande chave que ainda preciso aprender, e muito. Quando paramos de nos vitimizar e escolhemos como vamos reagir a determinados assuntos, nossa vida muda: "eu escolho me importar com o que? escolho basear minhas ações em quais valores? escolho avaliar minha vida segundo quais parâmetros? e será que escolhi parâmetros bons? bons parâmetros e bons valores?"
A diferença entre culpa e responsabilidade também é uma parte muito interessante do livro. Às vezes as pessoas culpam os outros pelos assuntos mais bobos. Por exemplo: eu não tenho culpa de ser baixinha. Mas eu tenho a responsabilidade de fazer algo com o como eu me sinto com relação a isso. Quando começamos a mudar esse mindset, passamos a ser os verdadeiros donos das nossas vidas.
A postura de aprendiz também é ressaltada no livro. Normalmente gostamos de dizer que já sabemos sobre algum determinado assunto. E aí que está o erro. Quando adotamos uma postura de que sempre temos algo a aprender, mesmo sobre aqueles assuntos que já sabemos muito, nos tornamos humildes e passamos a aprender muito mais. Nos permitimos errar, e evoluir. Uma série de crenças deixam de existir, porque na verdade você não tem mais crenças. Superamos traumas, pensamentos e idéias pré-concebidas.
Mais para o final do livro, o autor também explica sobre o ato de falhar e seus benefícios. Apenas quem não tem medo de falhar que corre riscos e alcança algo maior (seria minha querida RV aqui? rs). Quando temos um problema, o melhor é não gastar horas e horas pensando nele, mas passar para a ação. Cientificamente, ação = inspiração = motivação = ação de novo. É por isso quando começamos a escrever aqui nos nossos blogs normalmente saimso ainda mais inspirados e motivados.
Por fim, entramos numa parte sobre relacionamentos saudáveis e não saudáveis. Uma parte bem interessante é que o autor fala que relacionamento onde o outro projeta resposnabilidade e causa dos problemas na outra pessoa, esse não pode ser um bom relacionamento. Confiança, independência e liberdade de ambos os lados fazem de um relacionamento saudável.
O livro termina com uma mensagem de que não precisamos ter medo de nada e, quanto mais sentimos a morte, mais vivemos intensamente.
***
Muitas lições tirei desse livro. As mais ricas foram de pensar que estamos sempre errados e me livrar de crenças, além da questão das adversidades da vida.
É daqueles livros que dá voltade de ler de novo ano que vem e checar, de fato, o que evolui desde a última vez o que li.
Meu próximo livro, que já comecei (e que devo demorar um pouco dessa vez para ler) é A revolução dos bichos.
Tem um livro na minha cabeceira que dei uma abandonada, ele é bem chatinho. Estou lendo super aos poucos.
Abs,
IFM
Gostei da resenha... Em diversos lugares vi indicações desse livro, o qual sempre tive um pouco de receio em ler, pois tinha a mesma visão que você comentou. No entanto ele parece ser um livro cheio de dicas que podemos levar pra nossa vida pessoal e pro cotidiano. No momento estou lendo "O homem mais rico da Babilônia", ao terminar, esse será um forte candidato a leitura.
ResponderExcluirAbs..
Legal Alan, sempre bom influenciar e ajudar um pouco na vida das pessoas! =)
ExcluirOlá, IFM.
ResponderExcluirReparei que você está tentando ler mais, vou deixar uma dica aqui que funcionou muito bem para mim e eu demorei muito tempo para escutá-la.
Sempre fui aficionada por livros, li muito e numa velocidade bem rápida, no entanto, faz muitos anos que os afazeres do dia-a-dia não me permitiam mais ler do mesmo modo que eu estava acostumada.
Comecei a ler bastante pelo computador, entre uma e outra atividade, e também no ipad, mas sinceramente, acabava lendo pouco porque a visão logo reclamava.
A "solução" foi aceitar o Kindle da Amazon, não é tão barato, mas em 1 mês, já li 15 livros. Me acostumei muito bem e consegui voltar ao prazer da leitura, apenas lendo antes de dormir e um pouco mais nos finais de semana.
Ps: Se achar que a sugestão é válida no teu contexto e quiser arriscar, dê preferência a versão com iluminação (Paperwhite).
Ps2: A Revolução dos bichos é um ótimo livro!! Vale a pena!
Obrigada pela dica Anon! Pensei um pouco nisso, mas também gosto da sensação do livro (acho que é besteira, jajá devo me desapegar disso)....
ExcluirMas muito bom ver a experiência dos outros..
Abs!
Obrigado pela resenha do livro. Detalhou muito bem.
ResponderExcluirFaz alguns anos que venho acumulando patrimônio, não tenho 1 milhão ainda mas está bem encaminhado.
No entanto tenho um filho na casa dos 20 anos, estagiando no seu primeiro emprego. Sinceramente não sei como aconselha-lo nesse aspecto financeiro. Já conversamos algumas vezes sobre a importancia de guardar um pouco todo mês, mas parece que quanto mais eu falo mais ele gasta. POr isso resolvi parar de falar.Os filhos tem a impressão que os pais querem mandar neles, e por isso um simples conselho fere o ego deles. Ele tem um comportamento bem parecido com essa resenha do livro, se acha vítima de tudo, põe a culpa em todo mundo menos nele.
Agora lendo sua resenha, pensei em comprar esse livro e dar de presente a ele. Isso é uma coisa que ele gosta, dos livros de auto ajuda, é dessa forma que tenho conseguido fazer com que ele reflita um pouco.
Recentemente descobri que ele ganha 1.200,00 no estágio e está com 4.000,00 de limite no cheque especial. Ele me disse que já está utilizando o cheque especial. Sinal de alerta máximo já disparou na minha cabeça, pois ele vai se enrolar, ou melhor já está se enrolando e vai sobrar pra eu resolver o problema. Ou seja, preciso de alguma forma fazer com que ele desperte antes que seja tarde.
Anon,
ExcluirEstá aí a grande dificuldade da vida. Tenho familiares que não se importam nada nada nada com dinheiro. E pior: parece que quanto mais falamos, menos eles nos escutam.
Às vezes as pessoas tem que chegar no fundo do poçpo para poder sairem dele. É triste pensar nisso quando é alguém que nós amamos envolvidos, mas é a verdade.
Talvez o que possa ajudar (E que ajudou no caso de um familiar), é pedir ajuda de alguém próximo. Por exemplo, seu filho talvez não te ouça porque você é pai ou mãe, mas se um amigo dele falar, será que ele ouviria melhor? Um tio? Um primo? Namorada?
O livro pode ajudar, algum curso ou experiência também. Para mim funciona bem ler, me abre muito a mente. Mas conversar com pessoas que aprecio também é uma boa saída...
Abs!
Ótima resenha! Você conseguiu resumir bem as ideias do livro.
ResponderExcluirAbraço e bons investimentos.
Obrigada DIL! Abs!
ExcluirOlá IFM , ótima resenha, te adcionei no blogroll
ResponderExcluirhttp://peaoplayboy.blogspot.com/
É o próximo da minha lista. Atualmente estou lendo O Milagre da Manhã.
ResponderExcluirOi IFM, primeiro parabéns pelo blog. Estou sempre por aqui lendo. Esse mês criei também um blog para ir postando durante a longa jornada. Continue sempre assim, ajudando aos novatos como eu. Estou lendo atualmente O Homem Mais Rico da Babilônia. Grande Abs
ResponderExcluir