quinta-feira, 11 de julho de 2024

Novo ciclo: poupadora is back!

 Olá pessoal, tudo bem?

Se tem uma coisa que já falei outras vezes aqui no blog é que a jornada FIRE não é uma linha reta ascendente. Ela passa por fases, como quase qualquer outra coisa da nossa vida. E depois de uns últimos meses com bastante gastos (compra de carro, casa, itens e viagens que queria muito), sinto que estou pronta para a nova fase de poupança. 

Sei lá, não que seja algo extremamente necessário, mas estou com saudades de sentir o patrimônio dando aqueles saltos que só poupando se pode ter. Aqueles aportes rechonchudos e aquela sensação de, ao fazer o fechamento do mês, nem entender como a grana se multiplicou tanto. 

É claro que eu tenho no meu sangue a satisfação por poupar. Consumir é algo que fui aprendendo na jornada rumo à IF e na verdade a maioria das pessoas tem que passar pelo processo contrário. O que eu sinto é que já consumi tudo que precisava para agora, então posso me dar ao luxo de voltar aos grandes aportes. 

Outra coisa que coroou essa nova fase foi a descoberta que posso abater o financiamento da casa usando o FGTS. Com isso, minhas parcelas reduziram em 80%, o que faz com que esses 80% comecem a ir diretamente para os aportes (que alegria, meu Deus!). 

Quem não sabe disso eu sugiro que ligue para o banco onde tenha o financiamento e fale que quer explorar essa possibilidade. É uma alegria muito grande saber que parte do seu orçamento que tava comprometido com esse pagamento, volta a ser seu. E que seu FGTS que está sempre parado lá na conta, começa a ser usado para algo útil. Antes eu tinha a pretensão de pagar minha casa em 5 anos, agora, não mais. Quero pagar pelo maior prazo possível (financiei em 10 anos, nem vai ser tanto tempo assim), assim vou usando meu FGTS todos os anos (sim, a beleza de usar esse montante todos os anos é enorme). 

Bom, com isso, próxima meta para aportes gordos é diminuir as faturas do cartão. Passei por alguns momentos em que tive que investir em itens de alto valor e que estão parcelados. Pouco a pouco a idéia é diminuir essas parcelas (este mês, por exemplo, meu cartão fechou em 7,5k; sendo que mês passado estava em mais de 9k). Próximo mês já vi que as parcelas somam pouco mais de 5k. Aos poucos vou diminuindo até praticamente zerar isso. 

Passo praticamente tudo em cartão de crédito para ir juntando pontos que me dão descontos em futuras parcelas. Então diminuir as faturas é algo realmente desafiador para mim, mas quero me desafiar nesse nível. 

Outro desafio que estou querendo me propor é tentar viver com coisas que não tiram dinheiro do meu bolso. Vales refeição/alimentação, benefícios do banco, sei lá...quero me virar com dinheiros que literalmente não saiam dos meus aportes. Claro que nem tudo é possível pagar com essas coisas, mas assim que minhas faturas diminuirem, quero entender qual seria uma meta factível para colocar de limite de fatura. Estou pensando em algo em torno de 2k/mês. Talvez precisa de menos. 

De vez em quando penso que é positivo a gente se desafiar. Mesmo em condições muito bacanas financeiras, o que aconteceria se você perdesse o emprego hoje? Minha idéia é, além de retornar os aportes rechonchudos, ver qual é o meu custo de vida real atual, sabe? Sem compras de itens supérfluos. Sem bobeiras. Pelo puro prazer de experimentar a vida mais frugal novamente. 

Assim que as parcelas acabarem, volto para contar que custo é esse. Por enquanto, vou aproveitar os próximos meses com as faturas e gastos diminuindo e vendo do que sou capaz de poupar e fazer o montante de dinheiro crescer. 

Ah, outra coisa que me incentivou: é praticamente impossível chegar aos 7MM este ano. Devo fechar em algo entre 6,5 e 7, mais próximo para os 6,5. A não ser que algo realmente me surpreenda, mas acho muito difícil. 

Vamos que vamos.

Abs,

IFM

quinta-feira, 4 de julho de 2024

O que é ser verdadeiramente rico?

 Olá pessoal, tudo bem?

Ontem à noite me apareceu um célebre post que mostra os seguintes dados (estou puxando da memória, então vai ser aproximado):

- Para estar entre os 1% mais ricos do Brasil, você precisa ter: 27 mil de renda ou 4 milhões de reais de patrimônio.

- Para estar entre os 0,1% mais ricos do Brasil, você precisa ter 96 mil reais de renda ou 26 milhões de reais.

Está certo que para ser 1% mais rico, estamos falando de aproximadamente 2 milhões de pessoas e, 0,1% seriam 200 mil pessoas; ou seja, estar nesses grupos é realmente fazer parte de uma parte seleta de pessoas no Brasil. Entretanto, me surpreendi com a dificuldade que seria fazer parte dos 0,1% mais ricos do Brasil. Não me vejo chegando lá - não nesta vida. 

Aproveitando que estou me familiarizando com o ChatGPT, resolvi perguntar para ele o que seria ser os mesmos percentuais de riqueza nos Estados Unidos. E aí me dei conta que realmente estamos muito longe de ser ricos não só a nível local, mas nem pensar à nível mundial:

- Os 1% mais ricos dos EUA, tem 11,6 milhões de dólares

- Os 0,1% mais ricos, tem 50 milhões de dólares

Ou seja, mesmo você sendo os 0,1% mais ricos do Brasil, você não chega nem perto a ser os 1% dos EUA (precisaria de ao menos, o dobro de patrimônio para chegar lá). 

Não estou falando aqui que precisamos perseguir esses números, afinal, são bem altos e é possível ter uma vida plenamente feliz com muito menos que isso. Meu objetivo segue sendo o mesmo em termos de acúmulo de patrimônio. Mas é interessante ver isso para tomar perspectiva de onde estamos na fila do pão. 

A dificuldade aqui é o que alguns livros falam: você quer ser rico ou ter o suficiente? E o que é ter o suficiente? 

Nossa eterna discussão na finansfera...

Abs,

IFM